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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Creepypasta: O Demônio da Culpa

O som crocante em meus molares interferia em meus pensamentos. Parei de mastigar. "Seria ótimo poder olhar lá fora hoje, o sol parece estar tão brilhante", pensei. Voltei a mastigar. O gosto doce dos cereais parecia amargo. O verso da caixa dizia que eu ainda podia comer, mas meu estômago dizia que ela estava errada. Repousei a colher no canto do prato. Uma solitária lágrima se misturou ao leite. Parei de mastigar. Se ele ao menos falasse comigo, pensei. Talvez se eu abrir apenas um pedaço da cortina ele não fique tão bravo como de costume. Da última vez ele quebrou minha perna esquerda. Ainda dói, tenho medo que atrofie. Não posso correr esse risco. Desisto da ideia. Volto a mastigar. Devo apreciar esse gosto amargo, afinal é a última caixa de cereal. Após esta, me restará apenas a água da torneira. Seu olhar é tão sombrio e aterrorizador. Num esforço mais psicológico que físico eu tento erguer a cabeça. Eu já tinha esquecido os detalhes do seu rosto. Bem ali na minha frente estava ele, com uma fina camada de pele segurando a cabeça na frente do pescoço. Sua cabeça retorcida apontava os olhos diretamente para mim. Suas mãos se mantinham fixas a mesa como se aguardasse que eu terminasse meu café da manhã para me seguir o resto do dia.
"Pelo amor de Deus, por favor. Eu estou implorando. Me deixe sair. Eu não tive a intenção. Eu não te ajudei porque tive medo. Se eu parasse o carro, ia ser espancado! Por favor..."
Mais lágrimas agora fazem companhia à anteriormente solitária que havia caído em meu prato. Aquele menino que havia atropelado há duas semanas, semi-degolado a minha frente... não disse uma palavra. Apenas continuou me encarando.



-Ana Oze                                                                 Fonte: Dossiê do Felipe

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Não olhe para trás

Meu nome é Felipe, tenho 16 anos e gravo vídeos para postar em meu blog. Recebo varias sugestões de locais para gravar, mas recentemente o sobrenatural tem me fascinado. Resolvi gravar em um hospital abandonado que fica aqui perto de casa, era velho e creio que ninguém me incomodará la.
Cheguei agora no velho hospital, ele fede a mofo, esse lugar me causa arrepios. Fui verificando e gravando os leitos e alas do lugar até que um quarto me chamou a atenção. Era um quarto aparentando ser melhor do que o resto do hospital.Fui mostrando cada parte do quarto, quando me deparo com uma algo escrito na parede, parecia sangue, estava escrito: "Melhor obedecer",fiquei um pouco assustado, mas logo pensei que deveria ter sido coisa dos adolescentes que vem aqui para usarem drogas ás vezes. Achei uma ficha de uma paciente de 1919 , seu nome era Maria, tinha 17 anos e estava com uma doença não diagnosticada, mas logo embaixo estava escrito que a paciente foi dada como morta . Larguei a ficha e parei de gravar, já que o lugar não passava de um lugar para alguns babacas se drogarem. Quando estava descendo as escadas para a saída, ouvi um grito, parecia vir do quarto que eu tinha acabado de sair. Corri de volta ate la,com o pensamento de ser algum engraçadinho querendo me assustar.Para meu espanto, me deparei com uma silhueta de uma mulher, cabelos negros, pele branca e estava nua.Chamei-a, perguntando se estava bem e se precisava de ajuda, ela então se virou e eu finalmente pude ver seu rosto, lindo como se fosse feito por anjos, olhos violetas que brilhavam como as estrelas e uma boca rosada.Fui chegando perto, mas ela apenas sorriu e disse " não olhe para trás", e começou a contorcer-se, seus lindos olhos violetas deram lugar a grandes olhos negros, sua boca rosada logo criou dentes afiados e quando me dei conta, a criatura não tocava os pés no chão. Corri o mais rápido que pude e consegui chegar em casa. Agora, enquanto posto o vídeo e escrevo esse texto, lembrei da mensagem na parede, "melhor obedecer",acho que é um conselho. Eu sei que ela está aqui, atrás de mim me observando, mas eu estarei a salvo enquanto não olhar para trás.



( PS: Essa creepypasta foi totalmente criada pela ADM Karen.)

-Ana Oze

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Minha mãe me disse...

...para nunca abrir a porta do porão, mas eu queria ver o que fazia aquele barulho engraçado lá embaixo. Parecia o som de um filhote de cachorrinho e eu sempre quis ter um bichinho de estimação. Então eu a desobedeci e abri a porta do porão e desci as escadas. Eu só queria brincar um pouco com o cachorrinho.
Eu não vi o cachorrinho, e mamãe me puxou pelo braço. Ela gritou comigo para que nunca, nunca mesmo tentasse ir ao porão de novo. Minha mãe nunca tinha gritado comigo, então eu fiquei com muito medo e chorei, aí ela disse "filho, desculpa" aí me deu um biscoito. Era de chocolate e estava muito gostoso. Eu fiquei muito feliz e eu fui pro meu quarto, por isso eu não perguntei pra ela porque aquele menino estava fazendo um barulho de cachorrinho triste, e porque ele não tinha pés ou mãos.


 O relato acima foi dado por um garoto de oito anos (cujo nome foi mantido em anonimato para sua segurança) à equipe de psicólogos, após ter feito a mesma confissão para uma professora de seu colégio, que assustada, acionou a polícia. Os policias foram até a casa do menino, sob os olhares espantados dos pais, porém não encontraram nada, nem mesmo no porão. O relato da criança obviamente não pôde ser usado como prova e o caso foi arquivado.




~Ana Oze                                                                      Fonte: Dossiê do Felipe